Laudo do MP aponta: Campo
Olímpico de Golfe amplia biodiversidade de Marapendi
Aumento da vegetação e da fauna está entre os
ganhos ambientais observados em inspeção que envolveu biólogos e especialistas
O Campo
Olímpico de Golfe foi inaugurado em novembro de 2015 (Foto: Rio 2016/Alex
Ferro)
O aumento da vegetação na área de
proteção ambiental, proporcionado pela construção do Campo Olímpico de
Golfe, garantiu o retorno de animais de diferentes espécies e
a ampliação da biodiversidade em uma área antes degradada em Marapendi,
Zona Oeste do Rio de Janeiro. É o que comprova um laudo pericial divulgado
nesta sexta-feira (26) pelo Tribunal de Justiça.
A inspeção foi realizada em
dezembro do ano passado, a pedido de uma ação civil pública impetrada pelo
Ministério Público Estadual que questionava os impactos ambientais da obra, e
envolveu promotores de justiça, assessores jurídicos e técnicos ambientalistas.
O Comitê
Rio 2016 acompanha as transformações da região desde o início das obras, em
2013.
“O ganho ambiental da região com a construção do
Campo é visível. Além da flora, que aumentou extensivamente, já podemos
observar as diferentes espécies animais que retornaram à área”
Carina Flores, coordenadora de sustentabilidade do
Rio 2016
Entre os ganhos ambientais descritos destaca-se o aumento de 167% na cobertura vegetal da região, o que levou a “uma espiral positiva para o desenvolvimento da fauna”. Registros apontam a presença de 263 espécies animais na região atualmente, em contraponto às 118 mapeadas antes das obras.
“No momento em que a
área recupera a sua biodiversidade, ela passa a ser um importante esteio
da manutenção da biodiversidade e, consequentemente, uma agente indutora dessa
biodiversidade”, diz o laudo, que aponta que o terreno é frequentado por
diferentes espécies de aves e mamíferos.
Diferentes espécies de animais e plantas já podem
ser encontradas na região (Fotos: Rio 2016)
Antes do início das obras, cerca de 80% da área total do terreno havia sido degradada devido às atividades de extração de areia,e fabricação e depósito de pré-moldados de concreto. “A descaracterização do ambiente natural, entre meados da década de 80 e o início da década de 90, levou ao surgimento de uma extensa área antrópica, ou seja, sem vegetação”, indica o documento.
Antes e depois da área do Campo Olímpico de Golfe
(Fotos: Google Earth e Rio 2016/Alex Ferro)
O laudo aponta ainda que a Faixa Marginal de Proteção (FMP) do terreno, voltado para a Lagoa de Marapendi, também não foi afetada.
Vista da Faixa Marginal de Proteção, que teve
seu formato original preservado (Foto: Rio 2016/Alex Ferro)
No próximo dia 8, o Campo Olímpico de Golfe recebe o Desafio Aquece Rio de Golfe, evento-teste para o Rio 2016. Durante as competições a equipe de Sustentabilidade, Acessibilidade e Legado do Comitê atua ativamente de modo a prevenir incidentes ambientais, orientando os times e contratados.
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