Após ataques, policiamento
é reforçado na Avenida Brasil
- 03/05/2017 10h18
- Rio de Janeiro
Akemi
Nitahara – Repórter da Agência Brasil
A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que o
policiamento foi intensificado hoje (3) na região da Cidade Alta, em Cordovil,
zona norte da capital, após os ataques de ontem (2), que terminaram com nove
ônibus e dois caminhões queimados, e a operação policial que prendeu 45
pessoas.
O governador Luiz Fernando Pezão está em Brasília,
onde reforçará o pedido feito na semana passada para que a Polícia Rodoviária
Federal ajude na fiscalização das estradas. O objetivo é impedir a chegada de
armas ao estado, informou a assessoria de imprensa do governo.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação,
Esportes e Lazer, 1.858 alunos estão sem aulas hoje na região, com quatro
escolas, duas creches e um espaço de desenvolvimento infantil (EDI) fechados na
Cidade Alta. Ontem, foram sete escolas, cinco creches e um espaço fechados por
causa do tiroteio.
Saiba Mais
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Também estão fechadas uma creche, que atende a 123
crianças em Vigário Geral e uma escola e uma creche no Morro do Salgueiro,
afetando 301 alunos. Uma operação policial foi feita de manhã na comunidade,
resultando na prisão de três pessoas e na apreensão de um menor, além de
pistolas e drogas. Uma pessoa ficou ferida.
Ônibus
Segundo a Federação das Empresas de Transporte de
Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), das empresas que tiveram
ônibus queimados ontem, a Trel e a Jurema informam que não mudaram os
itinerários de suas linhas entre cidades da Baixada Fluminense e a capital.
Já a Viação Reginas desviou as rotas da Avenida
Brasil para a Linha Vermelha, para dar mais segurança a passageiros e
rodoviários, "conforme determina indicação da Secretaria de Segurança
Pública”. Os itinerários habituais serão retomados ainda hoje.
Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, a
Fetranspor repudia e manifesta “indignação em relação aos atos criminosos que
têm destruído, por meio de incêndios, os veículos que servem a um sistema que
transporta diariamente mais de 8 milhões de passageiros no estado”.
Segundo a federação, só neste ano já foram 51
ônibus incendiados no estado. Desde janeiro do ano passado, o prejuízo passa de
R$ 42 milhões. “Diante dos graves efeitos da crise financeira sobre as
empresas, que sofrem com a redução da atividade econômica e o aumento do
desemprego, os ônibus destruídos não serão substituídos”, diz a Fetranspor, ao
ressaltar que não existe seguro para esse tipo de sinistro e que cada ônibus
com ar condicionado custa aproximadamente R$ 450 mil.
Edição: Graça
Adjuto
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