Covid-19: prefeitura do Rio adotará restrições por região
A proposta foi apresentada hoje pelo prefeito Eduardo Paes |
A prefeitura do Rio de Janeiro passará a
adotar restrições localizadas para conter a disseminação da covid-19, em vez de
medidas que englobem estabelecimentos de todo o município de uma só vez. A
proposta foi apresentada hoje (8) pelo prefeito Eduardo Paes, e pelo secretário
municipal de saúde, Daniel Soranz, e vai considerar risco de contágio em cada
uma das regiões administrativas da capital fluminense.
Com base nos números de óbitos e
casos registrados na semana epidemiológica anterior, a prefeitura divulgará
toda sexta-feira o mapa de risco da cidade, e cada região será classificada
como de risco moderado, alto ou muito alto. Quanto maior o risco, maiores serão
as restrições.
"A cidade não é uma coisa
só, não dá para imaginar que a realidade de Santa Cruz é a mesma realidade do
Leblon", defendeu o prefeito, que pediu que a população nas áreas de risco
alto colabore para que a situação não se agrave. "A última coisa que eu
quero é me meter na vida dos indivíduos, mas, ao mesmo tempo, temos que
defender os interesses da coletividade".
No mapa divulgado hoje, nenhuma
região da cidade apresentava risco muito alto, mas a maior parte do município
tinha risco alto. Um número menor de áreas tinha risco moderado, como
Jacarepaguá, Ilha do Governador e Guaratiba.
Eduardo Paes prometeu publicar na
semana que vem o detalhamento das restrições que vão valer em cada caso, mas
exemplificou citando como vai funcionar para áreas públicas abertas como o
Campo de Santana, no centro do Rio. Com risco moderado, será necessário o
distanciamento social de 2 metros e o funcionamento em horário ampliado, porém
sem limitação de público. Já com risco alto, o número de frequentadores ficará
restrito à metade da capacidade, e essa fração cairá para um terço quando o
nível de risco for muito alto. Em regiões com o maior nível de risco, também não
será permitida a entrada de pessoas dos grupos vulneráveis nesses espaços
públicos, como pessoas com mais de 60 anos.
Daniel Soranz defendeu que a
adoção de restrições localizadas é importante mesmo considerando que grande
parte da população se desloca no município. "É errado achar que o Rio de
Janeiro é uma cidade homogênea. É importante que a gente divida pra fazer a
ação correta de acordo com cada local".
A prefeitura planeja apresentar o
plano para testagem em massa no próximo domingo e também deve lançar um
aplicativo para que as pessoas com covid-19 possam notificar seus próprios
casos, o que, na visão do secretário, pode dar mais agilidade à atualização dos
dados.
Vacinação
O secretário municipal de saúde
informou que terá uma reunião ainda hoje com o Instituto Butantan para tratar
da vacinação contra a covid-19. Antes da posse, Paes assinou, como prefeito
eleito, um memorando que previa a compra de 3,2 milhões de doses da vacina
CoronaVac, desenvolvida pelo Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac.
Soranz afirmou que a prefeitura
está preparada para iniciar a vacinação junto com o estado de São Paulo, em 25
de janeiro, ou antes disso, caso o Ministério da Saúde antecipe o início da
imunização. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse ontem (8) que a
vacinação pode começar em 20 de janeiro, caso as vacinas AstraZeneca/Oxford e
CoronaVac recebam a tempo a autorização de uso emergencial da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"Todo acordo e tratativa é
para que o Rio de Janeiro não atrase em nenhum dia o inicio da vacinação",
disse o secretário.
A cidade contará com 450 pontos
de vacinação, o que inclui as clínicas da família, centros municipais de saúde,
pontos especiais de vacinação e locais para vacinação drive-thru.
Noticia: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário